sábado, 14 de novembro de 2009


"Não haverá borboletas se a vida não passar por longas e silenciosas metamorfoses."
Rubem Alves

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Biblioteca intenerante -"Um livro é um brinquedo feito com letras. Ler é brincar." Rubens Alves



A empresa de ônibus 1001 realiza um trabalho muito interessante para despertar o gosto pela leitura nas crianças: um ônibus que na verdade é uma biblioteca intinerante. Basta agendar um dia com a empresa que eles enviam a visita da biblioteca em sua escola. Vale a pena! Olha os meus pequenos viajando no mundo da leitura. Eles adoraram!
1001 Histórias, tel 21091090.

Consciência Negra

A Coordenadoria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial de Nova Iguaçu (Coppir) em comemoração ao mês da consciência negra realiza a “IV Semana da Consciência Negra”. Durante o mês de novembro serão realizadas exposições, apresentações teatrais, seminários, feijoada e muito mais.

Confira a programação completa da IV Semana da Consciência Negra:

EXPOSIÇÕES

Exposição 2 – “Ilustres Anônimos”, Via Light, Centro – Nova Iguaçu – Entre os dias 10 e 30/11

Exposição 3 – “A revolta das Chibatas” – João Cândido – Espaço Cultural Silvio Monteiro, Centro – Nova Iguaçu – Entre os dias 16 e 25/11

Exposição 1 – “Folia de Reis, louvação ao menino Jesus na Baixada Fluminense”. Espaço Cultural Silvio Monteiro, Centro – Nova Iguaçu – Entre os dias 29/10 e 30/11

ATIVIDADES ITINERANTES

Cultos Afros – “Comemoração da I Semana dos Cultos Afros na Cidade de Nova Iguaçu” – Lei Municipal 3.707 de 16 de Novembro de 2005. Exibição de DVD, apresentação cultural e ritual religiosos, atividade itinerante em 05 comunidades de terreiros diferentes.

Sempre a partir das 18h - entre os dias 09 e 13/11

TEATRO

Teatro 1 – “Cem anos de Machado à Cartola Contação de História Teatralizada” - Espaço – Cultural Sylvio Monteiro – Centro. A partir das 20h - dia 04/11

Teatro 2 – “Os Comedores de Palavras” (infantil) - Espaço Cultural Sylvio Monteiro – Centro – Nova Iguaçu. A partir das 16h – dias 21, 22, 28 e 29/11

Teatro 3 – “Anastácia” - Espaço Cultural Sylvio Monteiro – Centro – Nova Iguaçu. A partir das 19h - dias 21 e 22/11

EVENTOS

Evento 1 – Tambores de Anyê - Espaço Cultural Sylvio Monteiro – Centro- Nova Iguaçu. Das 18h às 21h - dia 17/11

Evento 2 – Entrega do prêmio “Ilustres Anônimos” e oficina “Mulheres Incríveis” - Espaço Cultural Sylvio Monteiro – Centro - Nova Iguaçu. Das 18h às 21h - dia 18/11

FEIJOADAS

Missa Afro e Feijoada Cultural – Paróquia Nossa Senhora da Conceição, Estrada da Palhada, 3555, Nova Iguaçu.
 
Feijoada na Escola de Samba Leão de Iguaçu – Centro - Nova Iguaçu (próximo à rodoviária) A partir das 14h – dia 20/11


Feijoada da Mãe Margarida e Batizado de capoeira - Terreiro Raízes, Rua Carlos Alberto, 194, Jardim Cabuçu, Nova Iguaçu. A partir das 11h – dia 22/11

SEMINÁRIOS

Seminário 1 – Diversidade Étnica – dia 24/11 - horário a confirmar

Seminário 2 – I Seminário afro religioso: práticas religiosas e meio ambiente – com lançamento do I Censo religioso da cidade de Nova Iguaçu - dia 26/11 – horário a confirmar

PROGRAMAÇÃO DE ENCERRAMENTO

Mutirão de Limpeza – Parque Municipal de Nova Iguaçu. Das 8h às 12h – dia 29/11

Debate sobre o Estatuto da Igualdade Racial – Auditório do Colégio Monteiro Lobato (Vila Olímpica de Nova Iguaçu), Centro - Nova Iguaçu. A partir das 18h - dia 30/11

sábado, 31 de outubro de 2009

Hospital Sarah, neuroreabilitação gratuita

Com mais de 146 leitos, em 1º de maio de 2009, a unidade carioca do hospital Sarah, especializado em neuro reabilitação, foi inaugurada pelo presidente Lula. A Rede SARAH é a uma das maiores do mundo e totalmente gratuita, já que se trata de um hospital público. Com especialização em inúmeras patologias, a rede não atende Urgência, Emergência nem Pronto Socorro. Portanto, é preciso se cadastrar para obter tratamento. O cadastro para atendimento de novos pacientes é feito exclusivamente pelo telefone: 21 3543-7600, das 8h às 17h, de segunda a sexta-feira.

Veja abaixo, a lista com as patologias que têm tratamento oferecido pelo hospital Sarah
- paralisia cerebral
- crianças com atraso do desenvolvimento motor
- sequela de traumatismo craniano
- sequela de AVC
- sequelas de hipóxia cerebral
- malformação cerebral
- sequela de traumatismo medular
- doenças medulares não traumáticas como mielites e mielopatias
- doenças neuromusculares como miopatias, neuropatias perifericas hereditarias e adquiridas, amiotrofia espinhal
- doença de Parkinson e Parkinsonismo
- Ataxias
- doença de Alzeihmer e demências em estágio inicial
- Esclerose múltipla
- Esclerose lateral amiotrófica em estágio inicial
- mielomeningocele
- espinha bífida
- paralisia facial

Programa de Educação Continuada - LIBRAS. Curso de Língua Brasileira de Sinais.

O SESI está oferecendo gratuidade no curso de Língua Brasileira de Sinais.

Introdução

Este curso tem como objetivo orientar e auxiliar o empresariado no esforço para inclusão da pessoa com deficiência, neste caso específico, a pessoa surda. Mais do que estimular o cumprimento de uma exigência legal, Decreto nº3298/1999, é acreditar que ao darmos a essas pessoas a oportunidade de exercer um direito básico – que é o direito ao trabalho mais produtivas e mais responsáveis socialmente.



Conteúdo

As Unidades a serem desenvolvidas no Módulo Nível I oportunizam a aquisição do conhecimento básico da Língua Brasileira de Sinais, através do uso de contextos em conversações.



Unidade I:

1. Saudação Apresentação

2. Gramática

Saudações

Pronomes Pessoais

Pronomes demonstrativos e advérbios de lugar

Pronomes possessivos

Numerais

3. No mundo dos Surdos

Cultura e Comunidade Surda



Unidade II:

1. Quando, onde??...”Quando, onde será???!!!...”

2. Gramática

Tipos de frases na Libras

Direção – Perspectiva

Os advérbios de tempo

O verbo IR e suas variações

Advérbios de modo incorporados aos verbos

Pronomes e Expressões Interrogativas

Expressões idiomáticas relacionadas ao ano sideral

Expressões interrogativas e advérbio de frequência

A forma condicional – “si” (se)

Que-hora e Quantas horas

3.No Mundo dos Surdos

As Comunidades Surdas do Brasil

4.Termos Técnicos

Estudo de termos técnicos referentes ao segmento ao qual está sendo ministrado o curso.



Metodologia

O curso presencial.

As ações pedagógicas do Projeto estão baseadas na socialização, utilizando estratégias diferenciadas para dinamizar a aprendizagem dos conteúdos, com ênfase numa concepção que propicie:

Vivências;

Práticas coletivas;

Processos participativos que estimulem as atividades do pensar, refletir na busca da solução dos problemas.



Material didático

O monitor sistematizará o trabalho através do livro didático LIBRAS em Contexto, da Federação Nacional de Educação de Surdos (FENEIS), que possui uma linguagem própria para o curso.



Carga horária

40h presenciais.



INÍCIO

Não existe uma data pré estabelecida, dependerá da formação do grupo.



TELEFONES PARA CONTATO 2587-1379 / 2587-1331 / 2587-1195 e 2587-1332



Profissionais responsáveis pelo Projeto:

Suzan Christina Ribeiro Silva

Endereço eletrônico: scsilva@firjan.org.br

Telefone: (21) 2587-1343

Renata Ramos de Araujo Magalhães

Endereço Eletrônico: rmagalhaes@firjan.org.br

Telefone: (21) 2587-1395

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Brincando também se aprende.

 Quem disse que brincadeira não serve para nada , está errado. Brincando a criança desenvolve suas capacidades cognitivas, de relação interpessoal, de equilíbrio pessoal e social. Aprende a conviver, isto é, a estar bem consigo e com o outro, ter respeito e confiança. Brincando ela constrói  diversas linguagens e aprende a resolver problemas. Então o que você está esperando? Vamos brincar!!!!




Fala, professor !

   Na segunda-feira a voz está a todo vapor, mas antes do fim de semana, falar pode virar um desafio para alguém com problema relacionado a voz. A voz é um importante instrumento de trabalho dos professores. Por isso é importante preservá-la. Para que isso aconteça é preciso que o professor tenha alguns cuidados com suas cordas vocais.Vale a pena conferir a cartilha que o Sinpro confeccionou para os professores, acesse www.sinpro-rio.org.br/Hotsite/Voz/cartilha.pdf e aprenda a se cuidar, afinal dependemos de nossa voz para trabalhar.

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Blog do livro

Puxa vida! Mais um blog? Sem dúvida... são muitas as possibilidades! Você professor, já pensou em ler um livro com sua turma e criar o blog do livro? O blog apresentando os capítulos, pensamentos, opiniões sobre o conteúdo e personagens do livro? Além disso, pode apresentar uma pesquisa sobre o autor do mesmo. Tudo isso no blog! Como fazer?




A escolha do livro é de sua responsabilidade, professor. Então escolha um livro interessante! Às vezes aquele livro que parece chato, um clássico, meio obrigatório por fazer parte da coleção indicada previamente, pode se transformar numa tarefa alegre e palpitante!

Organizar a criação do blog entre eles, distribuindo responsáveis por partes e comentários.

O trabalho em grupo é sempre bem vindo quando todos participam... até na redação do capítulo no blog.

As possibilidades são variadas assim como a criatividade. Difícil direcionar passos para essa atividade. Libere suas idéias e deixe fluir de forma leve, pois a leitura do livro deve ser prazerosa.

Se tiver mais de um livro na turma para ser lido, ou de outras turmas, compartilhe endereços e comentários!!

Bom blog!



Para saber mais:

www.revista.agulha.nom.br/ceciliameireles.html

http://www.viniciusdemoraes.com.br/
http://recantodasletras.uol.com.br/

http://www.meninomaluquinho.com.br/

Retirado do blog http://fazendoblog.blogspot.com/

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

O que é dislexia?

Entender como aprendemos e o porquê de muitas pessoas inteligentes e, até, geniais experimentarem dificuldades paralelas em seu caminho diferencial do aprendizado, é desafio que a Ciência vem deslindando paulatinamente, em130 anos de pesquisas. E com o avanço tecnológico de nossos dias, com destaque ao apoio da técnica de ressonância magnética funcional, as conquistas dos últimos dez anos têm trazido respostas significativas sobre o que é Dislexia.




A complexidade do entendimento do que é Dislexia, está diretamente vinculada ao entendimento do ser humano: de quem somos; do que é Memória e Pensamento- Pensamento e Linguagem; de como aprendemos e do por quê podemos encontrar facilidades até geniais, mescladas de dificuldades até básicas em nosso processo individual de aprendizado. O maior problema para assimilarmos esta realidade está no conceito arcaico de que: "quem é bom, é bom em tudo"; isto é, a pessoa, porque inteligente, tem que saber tudo e ser habilidosa em tudo o que faz. Posição equivocada que Howard Gardner aprofundou com excepcional mestria, em suas pesquisas e estudos registrados, especialmente, em sua obra Inteligências Múltiplas. Insight que ele transformou em pesquisa cientificamente comprovada, que o alçou à posição de um dos maiores educadores de todos os tempos.



A evolução progressiva de entendimento do que é Disléxia, resultante do trabalho cooperativo de mentes brilhantes que têm-se doado em persistentes estudos, tem marcadores claros do progresso que vem sendo conquistado. Durante esse longo período de pesquisas que transcende gerações, o desencontro de opiniões sobre o que é Dislexia redundou em mais de cem nomes para designar essas específicas dificuldades de aprendizado, e em cerca de 40 definições, sem que nenhuma delas tenha sido universalmente aceita. Recentemente, porém, no entrelaçamento de descobertas realizadas por diferentes áreas relacionadas aos campos da Educação e da Saúde, foram surgindo respostas importantes e conclusivas, como:



que Dislexia tem base neurológica, e que existe uma incidência expressiva de fator genético em suas causas, transmitido por um gene de uma pequena ramificação do cromossomo # 6 que, por ser dominante, torna Dislexia altamente hereditária, o que justifica que se repita nas mesmas famílias;



que o disléxico tem mais desenvolvida área específica de seu hemisfério cerebral lateral-direito do que leitores normais. Condição que, segundo estudiosos, justificaria seus "dons" como expressão significativa desse potencial, que está relacionado à sensibilidade, artes, atletismo, mecânica, visualização em 3 dimenões, criatividade na solução de problemas e habilidades intuitivas;



que, embora existindo disléxicos ganhadores de medalha olímpica em esportes, a maioria deles apresenta imaturidade psicomotora ou conflito em sua dominância e colaboração hemisférica cerebral direita-esquerda. Dentre estes, há um grande exemplo brasileiro que, embora somente com sua autorização pessoal poderíamos declinar o seu nome, ele que é uma de nossas mentes mais brilhantes e criativas no campo da mídia, declarou: "Não sei por que, mas quem me conhece também sabe que não tenho domínio motor que me dê a capacidade de, por exemplo, apertar um simples parafuso";



que, com a conquista científica de uma avaliação mais clara da dinâmica de comando cerebral em Dislexia, pesquisadores da equipe da Dra. Sally Shaywitz, da Yale University, anunciaram, recentemente, uma significativa descoberta neurofisiológica, que justifica ser a falta de consciência fonológica do disléxico, a determinante mais forte da probabilidade de sua falência no aprendizado da leitura;



que o Dr. Breitmeyer descobriu que há dois mecanismos inter-relacionados no ato de ler: o mecanismo de fixação visual e o mecanismo de transição ocular que, mais tarde, foram estudados pelo Dr. William Lovegrove e seus colaboradores, e demonstraram que crianças disléxicas e não-disléxicas não apresentaram diferença na fixação visual ao ler; mas que os disléxicos, porém, encontraram dificuldades significativas em seu mecanismo de transição no correr dos olhos, em seu ato de mudança de foco de uma sílaba à seguinte, fazendo com que a palavra passasse a ser percebida, visualmente, como se estivesse borrada, com traçado carregado e sobreposto. Sensação que dificultava a discriminação visual das letras que formavam a palavra escrita. Como bem figura uma educadora e especialista alemã, "... É como se as palavras dançassem e pulassem diante dos olhos do disléxico".







A dificuldade de conhecimento e de definição do que é Dislexia, faz com que se tenha criado um mundo tão diversificado de informações, que confunde e desinforma. Além do que a mídia, no Brasil, as poucas vezes em que aborda esse grave problema, somente o faz de maneira parcial, quando não de forma inadequada e, mesmo, fora do contexto global das descobertas atuais da Ciência.



Dislexia é causa ainda ignorada de evasão escolar em nosso país, e uma das causas do chamado "analfabetismo funcional" que, por permanecer envolta no desconhecimento, na desinformação ou na informação imprecisa, não é considerada como desencadeante de insucessos no aprendizado.



Hoje, os mais abrangentes e sérios estudos a respeito desse assunto, registram 20% da população americana como disléxica, com a observação adicional: "existem muitos disléxicos não diagnosticados em nosso país". Para sublinhar, de cada 10 alunos em sala de aula, dois são disléxicos, com algum grau significativo de dificuldades. Graus leves, embora importantes, não costumam sequer ser considerados.



Também para realçar a grande importância da posição do disléxico em sala de aula cabe, além de considerar o seríssimo problema da violência infanto-juvenil, citar o lamentável fenômeno do suicídio de crianças que, nos USA, traz o gravíssimo registro de que 40 (quarenta) crianças se suicidam todos os dias, naquele país. E que dificuldades na escola e decepção que eles não gostariam de dar a seus pais estão citadas entre as causas determinantes dessa tragédia.



Ainda é de extrema relevância considerar estudos americanos, que provam ser de 70% a 80% o número de jovens delinqüentes nos USA, que apresentam algum tipo de dificuldades de aprendizado. E que também é comum que crimes violentos sejam praticados por pessoas que têm dificuldades para ler. E quando, na prisão, eles aprendem a ler, seu nível de agressividade diminui consideravelmente.



O Dr. Norman Geschwind, M.D., professor de Neurologia da Harvard Medical School; professor de Psicologia do MIT - Massachussets Institute of Tecnology; diretor da Unidade de Neurologia do Beth Israel Hospital, em Boston, MA, pesquisador lúcido e perseverante que assumiu a direção da pesquisa neurológica em Dislexia, após a morte do pesquisador pioneiro, o Dr. Samuel Orton, afirma que a falta de consenso no entendimento do que é Dislexia, começou a partir da decodificação do termo criado para nomear essas específicas dificuldades de aprendizado; que foi elegido o significado latino dys, como dificuldade; e lexia, como palavra. Mas que é na decodificação do sentido da derivação grega de Dislexia, que está a significação intrínsica do termo: dys, significando imperfeito como disfunção, isto é, uma função anormal ou prejudicada; e lexia que, do grego, dá significação mais ampla ao termo palavra, isto é, como Linguagem em seu sentido abrangente.



Por toda complexidade do que, realmente, é Dislexia; por muita contradição derivada de diferentes focos e ângulos pessoais e profissionais de visão; porque os caminhos de descobertas científicas que trazem respostas sobre essas específicas dificuldades de aprendizado têm sido longos e extremamente laboriosos, necessitando, sempre, de consenso, é imprescindível um olhar humano, lógico e lúcido para o entendimento maior do que é Dislexia.



Dislexia é uma específica dificuldade de aprendizado da Linguagem: em Leitura, Soletração, Escrita, em Linguagem Expressiva ou Receptiva, em Razão e Cálculo Matemáticos, como na Linguagem Corporal e Social. Não tem como causa falta de interesse, de motivação, de esforço ou de vontade, como nada tem a ver com acuidade visual ou auditiva como causa primária. Dificuldades no aprendizado da leitura, em diferentes graus, é característica evidenciada em cerca de 80% dos disléxicos.





Dislexia, antes de qualquer definição, é um jeito de ser e de aprender; reflete a expressão individual de uma mente, muitas vezes arguta e até genial, mas que aprende de maneira diferente...







Disgrafia é uma inabilidade ou atraso no desenvolvimento da Linguagem Escrita, especialmente da escrita cursiva. Escrever com máquina datilográfica ou com o computador pode ser muito mais fácil para o disléxico. Na escrita manual, as letras podem ser mal grafadas, borradas ou incompletas, com tendência à escrita em letra de forma. Os erros ortográficos, inversões de letras, sílabas e números e a falta ou troca de letras e números ficam caracterizados com muita frequência...





Discalculia - As dificuldades com a Linguagem Matemática são muito variadas em seus diferentes níveis e complexas em sua origem. Podem evidenciar-se já no aprendizado aritmético básico como, mais tarde, na elaboração do pensamento matemático mais avançado. Embora essas dificuldades possam manifestar-se sem nenhuma inabilidade em leitura, há outras que são decorrentes do processamento lógico-matemático da linguagem lida ou ouvida. Também existem dificuldades advindas da imprecisa percepção de tempo e espaço, como na apreensão e no processamento de fatos matemáticos, em sua devida ordem...



Deficiência de Atenção - É a dificuldade de concentrar e de manter concentrada a atenção em objetivo central, para discriminar, compreender e assimilar o foco central de um estímulo. Esse estado de concentração é fundamental para que, através do discernimento e da elaboração do ensino, possa completar-se a fixação do aprendizado. A Deficiência de Atenção pode manifestar-se isoladamente ou associada a uma Linguagem Corporal que caracteriza a Hiperatividade ou, opostamente, a Hipoatividade...





Hiperatividade - Refere-se à atividade psicomotora excessiva, com padrões diferenciais de sintomas: o jovem ou a criança hiperativa com comportamento impulsivo é aquela que fala sem parar e nunca espera por nada; não consegue esperar por sua vez, interrompendo e atropelando tudo e todos. Porque age sem pensar e sem medir conseqüências, está sempre envolvida em pequenos acidentes, com escoriações, hematomas, cortes. Um segundo tipo de hiperatividade tem como característica mais pronunciada, sintomas de dificuldades de foco de atenção. É uma superestimulação nervosa que leva esse jovem ou essa criança a passar de um estímulo a outro, não conseguindo focar a atenção em um único tópico. Assim, dá a falsa impressão de que é desligada mas, ao contrário, é por estar ligada em tudo, ao mesmo tempo, que não consegue concentrar-se em um único estímulo, ignorando outros...



Hipoatividade - A Hipoatividade se caracteriza por um nível baixo de atividade psicomotora, com reação lenta a qualquer estímulo. Trata-se daquela criança chamada "boazinha", que parece estar, sempre, no "mundo da lua", "sonhando acordada". Comumente o hipoativo tem memória pobre e comportamento vago, pouca interação social e quase não se envolve com seus colegas...

Retirado do site http://www.dislexia.com.br/
O que é o TDAH?




O Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) é um transtorno neurobiológico, de causas genéticas, que aparece na infância e freqüentemente acompanha o indivíduo por toda a sua vida. Ele se caracteriza por sintomas de desatenção, inquietude e impulsividade. Ele é chamado às vezes de DDA (Distúrbio do Déficit de Atenção). Em inglês, também é chamado de ADD, ADHD ou de AD/HD.





Existe mesmo o TDAH?



Ele é reconhecido oficialmente por vários países e pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Em alguns países, como nos Estados Unidos, portadores de TDAH são protegidos pela lei quanto a receberem tratamento diferenciado na escola.





Não existe controvérsia sobre a existência do TDAH?



Não, nenhuma. Existe inclusive um Consenso Internacional publicado pelos mais renomados médicos e psicólogos de todo o mundo a este respeito. Consenso é uma publicação científica realizada após extensos debates entre pesquisadores de todo o mundo, incluindo aqueles que não pertencem a um mesmo grupo ou instituição e não compartilham necessariamente as mesmas idéias sobre todos os aspectos de um transtorno.





Por que algumas pessoas insistem que o TDAH não existe?



Pelas mais variadas razões, desde inocência e falta de formação científica até mesmo má-fé. Alguns chegam a afirmar que “o TDAH não existe”, é uma “invenção” médica ou da indústria farmacêutica, para terem lucros com o tratamento.



No primeiro caso se incluem todos aqueles profissionais que nunca publicaram qualquer pesquisa demonstrando o que eles afirmam categoricamente e não fazem parte de nenhum grupo científico. Quando questionados, falam em “experiência pessoal” ou então relatam casos que somente eles conhecem porque nunca foram publicados em revistas especializadas. Muitos escrevem livros ou têm sítios na Internet, mas nunca apresentaram seus “resultados” em congressos ou publicaram em revistas científicas, para que os demais possam julgar a veracidade do que dizem.



Os segundos são aqueles que pretendem “vender” alguma forma de tratamento diferente daquilo que é atualmente preconizado, alegando que somente eles podem tratar de modo correto.

Tanto os primeiros quanto os segundos afirmam que o tratamento do TDAH com medicamentos causa conseqüências terríveis. Quando a literatura científica é pesquisada, nada daquilo que eles afirmam é encontrado em qualquer pesquisa em qualquer país do mundo. Esta é a principal característica destes indivíduos: apesar de terem uma “aparência” de cientistas ou pesquisadores, jamais publicaram nada que comprovasse o que dizem.



O TDAH é comum?




Ele é o transtorno mais comum em crianças e adolescentes encaminhados para serviços especializados. Ele ocorre em 3 a 5% das crianças, em várias regiões diferentes do mundo em que já foi pesquisado. Em mais da metade dos casos o transtorno acompanha o indivíduo na vida adulta, embora os sintomas de inquietude sejam mais brandos.





Quais são os sintomas de TDAH?



O TDAH se caracteriza por uma combinação de dois tipos de sintomas:



1) Desatenção

2) Hiperatividade-impulsividade



O TDAH na infância em geral se associa a dificuldades na escola e no relacionamento com demais crianças, pais e professores. As crianças são tidas como "avoadas", "vivendo no mundo da lua" e geralmente "estabanadas" e com "bicho carpinteiro" ou “ligados por um motor” (isto é, não param quietas por muito tempo). Os meninos tendem a ter mais sintomas de hiperatividade e impulsividade que as meninas, mas todos são desatentos. Crianças e adolescentes com TDAH podem apresentar mais problemas de comportamento, como por exemplo, dificuldades com regras e limites.



Em adultos, ocorrem problemas de desatenção para coisas do cotidiano e do trabalho, bem como com a memória (são muito esquecidos). São inquietos (parece que só relaxam dormindo), vivem mudando de uma coisa para outra e também são impulsivos ("colocam os carros na frente dos bois"). Eles têm dificuldade em avaliar seu próprio comportamento e quanto isto afeta os demais à sua volta. São freqüentemente considerados “egoístas”. Eles têm uma grande freqüência de outros problemas associados, tais como o uso de drogas e álcool, ansiedade e depressão.





Quais são as causas do TDAH?



Já existem inúmeros estudos em todo o mundo - inclusive no Brasil - demonstrando que a prevalência do TDAH é semelhante em diferentes regiões, o que indica que o transtorno não é secundário a fatores culturais (as práticas de determinada sociedade, etc.), o modo como os pais educam os filhos ou resultado de conflitos psicológicos.



Estudos científicos mostram que portadores de TDAH têm alterações na região frontal e as suas conexões com o resto do cérebro. A região frontal orbital é uma das mais desenvolvidas no ser humano em comparação com outras espécies animais e é responsável pela inibição do comportamento (isto é, controlar ou inibir comportamentos inadequados), pela capacidade de prestar atenção, memória, autocontrole, organização e planejamento.



O que parece estar alterado nesta região cerebral é o funcionamento de um sistema de substâncias químicas chamadas neurotransmissores (principalmente dopamina e noradrenalina), que passam informação entre as células nervosas (neurônios).

Existem causas que foram investigadas para estas alterações nos neurotransmissores da região frontal e suas conexões.





A) Hereditariedade:



Os genes parecem ser responsáveis não pelo transtorno em si, mas por uma predisposição ao TDAH. A participação de genes foi suspeitada, inicialmente, a partir de observações de que nas famílias de portadores de TDAH a presença de parentes também afetados com TDAH era mais freqüente do que nas famílias que não tinham crianças com TDAH. A prevalência da doença entre os parentes das crianças afetadas é cerca de 2 a 10 vezes mais do que na população em geral (isto é chamado de recorrência familial).



Porém, como em qualquer transtorno do comportamento, a maior ocorrência dentro da família pode ser devido a influências ambientais, como se a criança aprendesse a se comportar de um modo "desatento" ou "hiperativo" simplesmente por ver seus pais se comportando desta maneira, o que excluiria o papel de genes. Foi preciso, então, comprovar que a recorrência familial era de fato devida a uma predisposição genética, e não somente ao ambiente. Outros tipos de estudos genéticos foram fundamentais para se ter certeza da participação de genes: os estudos com gêmeos e com adotados. Nos estudos com adotados comparam-se pais biológicos e pais adotivos de crianças afetadas, verificando se há diferença na presença do TDAH entre os dois grupos de pais. Eles mostraram que os pais biológicos têm 3 vezes mais TDAH que os pais adotivos.



Os estudos com gêmeos comparam gêmeos univitelinos e gêmeos fraternos (bivitelinos), quanto a diferentes aspectos do TDAH (presença ou não, tipo, gravidade etc...). Sabendo-se que os gêmeos univitelinos têm 100% de semelhança genética, ao contrário dos fraternos (50% de semelhança genética), se os univitelinos se parecem mais nos sintomas de TDAH do que os fraternos, a única explicação é a participação de componentes genéticos (os pais são iguais, o ambiente é o mesmo, a dieta, etc.). Quanto mais parecidos, ou seja, quanto mais concordam em relação àquelas características, maior é a influência genética para a doença. Realmente, os estudos de gêmeos com TDAH mostraram que os univitelinos são muito mais parecidos (também se diz "concordantes") do que os fraternos, chegando a ter 70% de concordância, o que evidencia uma importante participação de genes na origem do TDAH.



A partir dos dados destes estudos, o próximo passo na pesquisa genética do TDAH foi começar a procurar que genes poderiam ser estes. É importante salientar que no TDAH, como na maioria dos transtornos do comportamento, em geral multifatoriais, nunca devemos falar em determinação genética, mas sim em predisposição ou influência genética. O que acontece nestes transtornos é que a predisposição genética envolve vários genes, e não um único gene (como é a regra para várias de nossas características físicas, também). Provavelmente não existe, ou não se acredita que exista, um único "gene do TDAH". Além disto, genes podem ter diferentes níveis de atividade, alguns podem estar agindo em alguns pacientes de um modo diferente que em outros; eles interagem entre si, somando-se ainda as influências ambientais. Também existe maior incidência de depressão, transtorno bipolar (antigamente denominado Psicose Maníaco-Depressiva) e abuso de álcool e drogas nos familiares de portadores de TDAH.





B) Substâncias ingeridas na gravidez:



Tem-se observado que a nicotina e o álcool quando ingeridos durante a gravidez podem causar alterações em algumas partes do cérebro do bebê, incluindo-se aí a região frontal orbital. Pesquisas indicam que mães alcoolistas têm mais chance de terem filhos com problemas de hiperatividade e desatenção. É importante lembrar que muitos destes estudos somente nos mostram uma associação entre estes fatores, mas não mostram uma relação de causa e efeito.





C) Sofrimento fetal:



Alguns estudos mostram que mulheres que tiveram problemas no parto que acabaram causando sofrimento fetal tinham mais chance de terem filhos com TDAH. A relação de causa não é clara. Talvez mães com TDAH sejam mais descuidadas e assim possam estar mais predispostas a problemas na gravidez e no parto. Ou seja, a carga genética que ela própria tem (e que passa ao filho) é que estaria influenciando a maior presença de problemas no parto.





D) Exposição a chumbo:



Crianças pequenas que sofreram intoxicação por chumbo podem apresentar sintomas semelhantes aos do TDAH. Entretanto, não há nenhuma necessidade de se realizar qualquer exame de sangue para medir o chumbo numa criança com TDAH, já que isto é raro e pode ser facilmente identificado pela história clínica.





E) Problemas Familiares:



Algumas teorias sugeriam que problemas familiares (alto grau de discórdia conjugal, baixa instrução da mãe, famílias com apenas um dos pais, funcionamento familiar caótico e famílias com nível socioeconômico mais baixo) poderiam ser a causa do TDAH nas crianças. Estudos recentes têm refutado esta idéia. As dificuldades familiares podem ser mais conseqüência do que causa do TDAH (na criança e mesmo nos pais).



Problemas familiares podem agravar um quadro de TDAH, mas não causá-lo.


Retirado do site http://www.tdah.org.br/